Linhas de Pesquisa
A rede tem duas linhas de pesquisa principais, que abordam questões por vezes vistas como concorrentes no campo socioambiental, mas que aqui serão vistas como complementares e fundamentais para a consecução de seus propósitos.
Linha 1 - Dinâmica socioeconômica e organizacional do desmatamento ilegal
Concentra-se em compreender práticas econômica, culturais e políticas que contribuem para a reprodução do desmatamento ilegal na Amazônia. As pesquisas desenvolvidas são focadas em setores como a produção de madeira, a pecuária, a produção de soja, a mineração, o mercado de terras, dentre outros envolvidos no desmatamento ilegal. Também serão realizados estudos sobre a construção rodoviária, a produção de hidroeletricidade e o mercado financeiro, que influenciam mais indiretamente o desmatamento e a degradação florestal. Aborda-se aqui dinâmicas socioeconômicas dominantes na Amazônia hoje, buscando desenvolver um olhar crítico que contribua para sua transformação.
Fonte: https://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/o-recado-dos-povosdafloresta (link externo)
Fonte: https://revistapesquisa.fapesp.br/crescer-sem-destruir/ (link externo)
Linha 2 - Socioeconomia e organização em comunidades tradicionais
A segunda linha busca impulsionar práticas socioeconômicas existentes na região Amazônica que envolvem formas de ocupação e uso do solo e de relação com a natureza distintas das hoje dominantes no Brasil e no mundo. Essas práticas são realizadas por populações tradicionais que vivem e dependem da floresta, mas que permanecem fortemente marginalizadas socioeconomicamente. As pesquisas realizadas lidam com o desafio de melhorar as condições de trabalho e de vida dessas comunidades sem impulsionar a devastação da floresta, promovendo-se novos modelos de desenvolvimento para a região, para o Brasil e para o mundo. Elas abarcam a compreensão da organização política e socioeconômica das comunidades florestais, incluindo estudos sobre as organizações comunitárias formais e informais e sobre as dinâmicas das cadeias de produtos florestais, como a castanha da Amazônia, o açaí, a seringa e o babaçu, o pescado artesanal, a madeira manejada comunitariamente, os produtos da agricultura familiar.
